Entre as várias promessas que fiz a mim mesma ainda no início do ano, atualizar o blog frequentemente foi uma das que ainda não consegui cumprir, mas ainda espero chegar lá! É que na verdade fico a espera de que surja um assunto inmteressante para comentar, mas aí eles acabam vindo à tona e ocupam meu tempo ou meu tempo está ocupado e não escrevo sobre.
Pois bem, hoje resolvi postar para falar de um assunto que me fez pensar bastante nas últimas semanas: adoção. É de conhecimento de quase todos eu acho, a vontade que tenho de um dia adotar uma criança, isso não me tira a vontade de gerar filhos e não está relacionado à "moda" lançada pela Angelina Jolie como muitos pensam – não que ela tenha adotato por causa da moda –, pois vem de bem mais tempo. Pois bem, não tão semelhante, mas também não tão diferente, semana passada me deparei com uma cena de adoção, mas relacionada a cães – calma já saberão em que ponto quero chegar -. Fui a um lar de cães e gatos com passados tristes para doar ração e acabeo adotando um cão, que apesar de não ser gente tem demandado certo trabalho, já que tem por volta de cinco meses.
No mesmo dia, um amiga adotou outro cão é nas próximas semanas convivi com histórias parecidas de adoção. No pasado também tive histótico de achar cães para os quais não foi difícil arrumar um lar. Diante disso me veio um questionamento, porque não é assim tão fácil também com filhotes de gente?
Sim, porque as pessoas também não adotam facilmente assim crianças? Está certo que o gasto é maior e criança demanda ainda mais trabalho e preocupação, mas quantos lares não precisam de uma criança para ter alegria? Muitos julgadores de adoradores de animais se questionam sobre isso e julgam quem adota os bichinhos. Mas a resposta a este questionamento é bem mais complexa e ao mesmo tempo simples, do que se imagina. Não falta interesse em adotar crianças ou bebês. Pelo contrário existem filas quilométricas para adoção e conheço pessoas que já aguardam a mais de oito anos um pequeno que possaa completar a família.
Não é que as pessoas se sensibilizem mais com os cães e gatos ou que gostem menos de crinça, mas é que adotar um bebê é tão complexo e burocrático que ninguém se arrisca a pegar um na rua, se apegar emocionalmente e depois ter de ser preso ou devolver a um instituto.
É contraditório, mas existem diversas pessoas que querem adotar e diversos bebês abandonados que vivem em lares para crianças, orfanatos ou associações à espera do amor de uma família. Mas a burocracia é tão grande que até que possam ser encaminhadas para alguém e que um pai ou mãe ideais sejam estudados ela já ultrapassou os seis anos de idade e entrou na faixa menos requisitada pelas pessoas. Pois justamente por serem bem diferentes dos animais irracionais e possuerem um compexo cérebro que traz feridas do inconsciente, subconsciente e consciente é que com seis anos a criança já possui traumas e feridas suficientes para torná-la, mesmo que sem razão aparente, revoltada com a vida. E aí, é preciso muito tato para lidar com a situação e nem todos tem tato e tempo para isso. Já que uma criança com esse histórico de abandono e rejeição, com esta idade ou ainda mais, necessita de cuidados, carinho e atenção redobrados.
A Burocracia
Na verdade este meu texto é um desabafo em nome das milhares de famílias que até mesmo criaram preparação física em suas residências para receber um novo ser e há anos o aguardam. Enquanto que diariamente nos deparamos com manchetes de abandonos e situações calamitosas em lares de crianças devido a falta de estrutura ou super-lotação. O problema no Brasil não é a burocracia para este tipo de coisa, afinal nada mais do que justo já que infelizmente existem casos de pessoas que adotam e devolvem as pobras criaturas como se fossem mercadoria, aumentando seus traumas e também porque se adotar pequenos fosse muito simples iria aumentar facilitaria também a vida de criminosos que as querem para outros fins.
O problema todo é que este processo burocrático aqui é muito lento. Demais. Para tudo. E com certeza essa situação implica também na alta taxa de criminalidade do País.