Quando viajo costumo programar o dia de acordo com o clima e partir sempre do pressuposto de que pode chover amanhã. Assim antecipo todas as atividades que necessitam de tempo bom para serem rrealizadas. Por isso logo no segundo dia optamos para ir a Ouro Preto, cidade histórica localizada a 1 hora e 40 minutos (de ônibus) de Belo Horizonte.
A temperatura daquele sábado estava bem elevada, em torno de 30 graus, porém o céu parcialmente nublado ajudava a aliviar o calor. As nuvens, aliás, foram nossas aliadas naquele dia, já que tínhamos uma maratona de subidas e descidas íngremes pela frente. Nossa nova companheira de viagem, Ale (ver post anterior) viajou conosco. A pretensão era pegar o ônibus das 11h, mas só conseguimos ao meio-dia.
Chegamos em Ouro Preto por volta das 14h, deixamos nossas bagagens na pousada contatada por telefone na rodoviária de BH e partimos para a caminhada. Ouro Preto é uma cidade totalmente histórica e nos faz parecer em uma viagem pelo passado. Todas as ruas são de paralelepípedos e por ficar em uma montanha possui muitas subidas - e obviamente descidas também - que chegam a dar medo de tão íngremes que são.
A cidade abandonada após a libertação dos escravos chegou a ficar fantasma por algum tempo antes de ser reabitada. Os principais pontos turísticos são as igrejas (23 no total), as principais são a do Pilar, rica em ouro, e a São Francisco de Assis, que possui muitas obras de Aleijadinho.
Igreja São Francisco de Assis
Visitamos também o Museu da Inconfidência - situado no mesmo prédio onde Tiradentes foi preso - e o Museu de Aleijadinho. Todos os prédios de Ouro Preto ainda são da época da Inconfidência Mineira e até fora da zona central as casas das pessoas possuem o mesmo tipo de arquitetura.
Depois da caminhada que certamente ajudou a fortalecer os músculos das pernas fomos conferir a feira de artesanato localizada em frente à igreja São Francisco de Assis. A quantidade de objetos esculpidos em pedra sabão me deixaram louca para comprar tudo. Quem me conhece sabe que tenho paixão por artesanato, por isso é difícil resistir a uma feira dessas sem comprar nada, até porque os preços são ótimos. O problema é o peso (semelhante ao do mármore) que fez com que eu acumulasse mais de oito quilos de bagagem. Outro destaque do artesanato de lá são as namoradeiras encontradas em várias lojas. Também têm muitas jóias com pedras preciosas, mas é preciso abrir o olho para comprar uma peça autêntica.
Depois de mais de seis horas de caminhada nos despedimos da Ale que precisava trabalhar em BH e fomos jantar em um restaurante local para desfrutar mais um pouco da típica comida mineira. Na sequência até demos uma caminhada em frente as festas locais, mas a maioria do público era universitário e o ritmo que se ouvia era o sertanejo. A essas alturas achamos que o ritmo dos sonhos seriam melhores e optamos por retornar à pousada cedo para aproveitar bem o domingo.