Pobre pequena rã!
Tão minúscula!
Tão viva!
Tão insignificante!
Ela possui veneno,
mas este não é capaz de matar outro ser!
Ela parece limpa,
mas gosta de nadar em esgotos.
Ela admira o belo,
mas não sabe carregá-lo para sua vida.
Ela queria ter nascido jacaré,
mais forte,
mais selvagem,
mais batalhadora pelo seu objetivo,
mas nasceu rã.
Ela fere, mesmo quando não quer,
ela ama, mas não sabe como,
ela queria ser diferente,
mas ao invés de tentar mudar o jeito de ser e
controlar o seu veneno,
acaba por ficar desejando a vida do jacaré.
Ela tenta caçar a presa dele,
na tentativa de aproximar o estilo de vida ao admirado,
mas apesar de conseguir pegar a caça com o seu veneno,
este não é grande e forte o suficiente para que mantenha a presa para si.
Perto dela só restam àqueles que ainda desconhecem o seu veneno,
ou os seres de fato letais.
E quando ela é procurada pelo mal que faz, ela se enterra
e se enterra e afunda.
Ela nunca será feliz,
ela estará sempre atrás da metamorfose.
A pobre rã não enxerga que morrerá rã.
Pobre rã,
tão pequena,
tão insignificante,
tão ruim para ela mesma!
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